CONFERÊNCIA 5 Maio 18h00 Auditório BNP Entrada livre
João Lourenço Rebelo é sem dúvida o mais genial e excêntrico compositor de música religiosa do Portugal seiscentista. Sendo representante da segunda geração de compositores ibéricos que escreveram música policoral, depois de Guerrero, Garro, Lobo e outros, a singularidade da escrita de Rebelo coloca problemas também eles particulares quanto à realização do baixo contínuo.
Tendo em conta que as cifras que encontramos na fonte não traduzem por si o complexo fluir da harmonia, caracterizada por texturas onde abundam as dissonâncias e as resoluções assíncronas, qual deverá ser o papel do executante? Ignorar os recurrentes 'clusters' ou preparar uma parte separada a partir do estudo cuidadoso da polifonia?
Para além do tratado de Doizi Velasco, nenhuma das fontes teóricas portuguesas se refere à prática do baixo continuo, por essa razão é necessário ter uma abordagem diferente na preparação de uma execução prática.
João Paulo Janeiro
2 comentários:
Aproveito para informar que se irá realizar um concerto na Igreja Matriz de Oeiras, dia 5 de Junho, dedicada a este compositor. Desconheço ainda os interpretes.
PMG
Obrigada pela informação. Se puder, com certeza que irei.
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